sexta-feira, 17 de janeiro de 2014 |

Said And It Should Be Done - A mente que é do tamanho de uma bola

Ainda retomando uns pontos que felizmente já não fazem as notícias nas parangonas dos jornais, há algo que temos de comentar.
Tivemos um período de absurdo e ridiculosidade, na nossa opinião, e que serviu para demonstrar como as prioridades da opinião pública estão trocadas.

Perdemos o Eusébio, o Pantera Negra, uma perda significativa pois foi um homem que através do seu talento ajudou a pôr Portugal no mapa. A nação vestiu-se de preto e chorou esta perda. 

Algures pelo meio, o ridículo instalou-se quando o Exmo. Sr. Dr. Cheio de honrarias e verdades absolutas Mário Soares veio para a rádio dizer coisas absurdas. Podem ser verdades mas não deixam de ser absurdas. São comentários despropositados sobre alguém que fez mais do que ele e pouco fez senão por o seu talento em prática.
De homem de pouca cultura que ninguém esperava que fosse pensador, passando pelos almoços naqueles sítios (que pelos vistos deveriam ser menos próprios para o Exmo Sr Dr) onde ele almoçava e finalizando com o beber muito whisky de manhã à noite, o Exmo Sr Dr Supra Sumo da barbatana do que é correcto e verosímil, jorrou de sua boca estas palavras despropositadas. Quando este senhor se finar teremos todo o gosto em dar uma entrevista na rádio e falar do seu estilo de vida presidencial. Afinal de contas conseguiu transformar a presidência numa agência de viagens, de modo a criar boas relações com os outros países. E nem vamos falar na sua fundação que guarda tudo o que conseguiu açambarcar e meter ao bolso durante os anos que lá andou. Mas não falemos mais de coisas tristes.

Falemos então do período seguinte, a bola de ouro. Passamos de um momento de coitadinho, vai ou não para o Panteão, perdemos um símbolo nacional para um jorrar de felicitações constantes nas redes sociais como se de um amigo se tratasse.

Felicitações, parabéns, és o maior, o orgulho, não há melhor. E no meio disto tudo, o Eusébio já está para lá de morto e enterrado. Já não interessa se vai ou não para o Panteão. O que interessa é que o Ronaldo é o nosso orgulho, é ele que nos faz sentir orgulho em ser Português!

A grande questão aqui é simplesmente o facto de que, infelizmente, o nosso povo é facilmente controlado pelos media. Não dizemos que o Cristiano Ronaldo não tenha o seu mérito, nem que não seja um excelente desportista. Não tem nada a ver com ele. Tem sim a ver com a facilidade em que a opinião pública muda de atenção consoante os temas que lhe são lançados nos olhos. 
O respeito e profundo pesar pelo falecido rapidamente deu azo a uma euforia histérica sobre uma situação que em anda afecta pessoalmente qualquer um de nós. Confessamos que ainda estamos para tentar perceber o fenómeno futebol e o modo como lidera as massas. 

Gostaríamos de ver este tipo de união e força de vontade em relação a assuntos bem mais importantes, tipo, crise do país e a má gestão dos governos? Just saying.


Esperamos que todos sejam felizes e que consigam ter o que melhor a vida tem para oferecer, mas acima de tudo que dentro de uma sociedade individualista encontrem a união que faz de nós sociedade, comunidade, país. That’s all.

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Ainda retomando uns pontos que felizmente já não fazem as notícias nas parangonas dos jornais, há algo que temos de comentar.
Tivemos um período de absurdo e ridiculosidade, na nossa opinião, e que serviu para demonstrar como as prioridades da opinião pública estão trocadas.

Perdemos o Eusébio, o Pantera Negra, uma perda significativa pois foi um homem que através do seu talento ajudou a pôr Portugal no mapa. A nação vestiu-se de preto e chorou esta perda. 

Algures pelo meio, o ridículo instalou-se quando o Exmo. Sr. Dr. Cheio de honrarias e verdades absolutas Mário Soares veio para a rádio dizer coisas absurdas. Podem ser verdades mas não deixam de ser absurdas. São comentários despropositados sobre alguém que fez mais do que ele e pouco fez senão por o seu talento em prática.
De homem de pouca cultura que ninguém esperava que fosse pensador, passando pelos almoços naqueles sítios (que pelos vistos deveriam ser menos próprios para o Exmo Sr Dr) onde ele almoçava e finalizando com o beber muito whisky de manhã à noite, o Exmo Sr Dr Supra Sumo da barbatana do que é correcto e verosímil, jorrou de sua boca estas palavras despropositadas. Quando este senhor se finar teremos todo o gosto em dar uma entrevista na rádio e falar do seu estilo de vida presidencial. Afinal de contas conseguiu transformar a presidência numa agência de viagens, de modo a criar boas relações com os outros países. E nem vamos falar na sua fundação que guarda tudo o que conseguiu açambarcar e meter ao bolso durante os anos que lá andou. Mas não falemos mais de coisas tristes.

Falemos então do período seguinte, a bola de ouro. Passamos de um momento de coitadinho, vai ou não para o Panteão, perdemos um símbolo nacional para um jorrar de felicitações constantes nas redes sociais como se de um amigo se tratasse.

Felicitações, parabéns, és o maior, o orgulho, não há melhor. E no meio disto tudo, o Eusébio já está para lá de morto e enterrado. Já não interessa se vai ou não para o Panteão. O que interessa é que o Ronaldo é o nosso orgulho, é ele que nos faz sentir orgulho em ser Português!

A grande questão aqui é simplesmente o facto de que, infelizmente, o nosso povo é facilmente controlado pelos media. Não dizemos que o Cristiano Ronaldo não tenha o seu mérito, nem que não seja um excelente desportista. Não tem nada a ver com ele. Tem sim a ver com a facilidade em que a opinião pública muda de atenção consoante os temas que lhe são lançados nos olhos. 
O respeito e profundo pesar pelo falecido rapidamente deu azo a uma euforia histérica sobre uma situação que em anda afecta pessoalmente qualquer um de nós. Confessamos que ainda estamos para tentar perceber o fenómeno futebol e o modo como lidera as massas. 

Gostaríamos de ver este tipo de união e força de vontade em relação a assuntos bem mais importantes, tipo, crise do país e a má gestão dos governos? Just saying.


Esperamos que todos sejam felizes e que consigam ter o que melhor a vida tem para oferecer, mas acima de tudo que dentro de uma sociedade individualista encontrem a união que faz de nós sociedade, comunidade, país. That’s all.

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