Esta semana, graças ao mês
que corre, deixámo-nos inspirar pelas festas. Não somos grandes fans do Natal. Para
nós deixou de ter significado há alguns anos. Mas ficamos muito felizes quando
sabemos que há famílias inteiras que se reúnem e celebram o estarem juntos. Mas
esta também é uma época conturbada. Entre o senhor chinês que se suicidou por
estar há 5 horas em compras com a namorada, e a americana órfã que meteu um
anúncio a pedir uma família para a abraçar na noite de Natal, há coisas por
esse mundo fora que nos deixam com alguma apreensão.
Confessamos que há uma
divisão da nossa opinião em relação ao Natal. Entre o consumismo desenfreado
que ocorre nesta época, em que o civismo vai dar uma volta ao bilhar grande e o
desespero que faz das pessoas autênticos animais não sociais ou a época de amor
e carinho em que damos graças por estar vivos e por termos connosco as pessoas
que precisamos, e também tudo o resto que necessitamos para viver, não sabemos
ao certo qual a hipótese que ganha.
Passear em centros
comerciais nesta época é um deleite para qualquer pessoa minimamente
observadora. Os nervos assolam as mãos que seguram as listas, que infelizmente
ao longo dos últimos anos foram diminuindo de tamanho (as listas, não as mãos!!),
para encontrar as coisas certas. Em que pensamentos como “ se vou receber x,
tenho de dar igualmente x”, ou então “ o ano passado deu-me y, este ano leva
igual”, a raiva crescente que tolda qualquer tipo de civismo na mente das
pessoas e praticamente abalroam qualquer um que se meta na sua frente e não lhe
permita alcançar o objectivo. Tudo isto acontece. As pessoas andam perdidas
consumidas pelo consumismo e a comprar desenfreadamente simplesmente porque tem
de ser. É um espírito, sem dúvida, mas mais de obrigação do que propriamente
natalício.
As pessoas são invadidas por
um sentimento de loucura e stress. Correm, quase que voam, para conseguir o que
querem. Andam mal-humoradas. Respondem mal, são mal-educadas. Agem tal e qual
crianças mimadas em que não se pode dizer que não. Se o fazemos, é o fim do
mundo. É isto o Natal?
É este o espirito do Natal?
Não deveriam as nossas mentes estar ocupadas com o facto de irmos estar
sentados à mesa de volta do bacalhau com a nossa família? Não deveríamos de dar
graças por termos tanto que foi conquistado, comprado e adquirido com o nosso
esforço? Não deveríamos de ter prazer em oferecer simplesmente porque queremos
oferecer? Perguntamos-vos qual a vossa opinião. Qual o espirito que vocês têm e
qual o que esperam. Qual o acto que vos dá mais prazer nesta época.
Para simbolizar o simples
acto de dar deixamos aqui o link de uma companhia aérea que teve um acto de
bondade para com os seus passageiros http://www.youtube.com/watch?v=zIEIvi2MuEk
Depois disto tudo só nos
resta desejar umas Boas Festas…nem que seja pelo corpo todo. That’s all.
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