terça-feira, 22 de abril de 2014 |

Memórias que caminham comigo diariamente


Um destes dias brincava com estas peças que tenho presas no meu tornozelo. Para quem não conhece ( o que eu duvido) são da Pandora. A marca dinamarquesa que faz questão que cada peça simbolize um momento especial da nossa vida.

Comprei esta pulseira quando trabalhava numa loja e rapidamente quis colocar algumas peças. Curiosamente andei durante séculos só com a primeira peça que comprei: a do meu signo ocidental, o Escorpião. Disseram-me na altura que deveria ter peças que simbolizassem algo pessoal e especial para mim. Confesso que já não me lembro qual a ordem em que elas foram compradas/oferecidas mas vou falar de cada uma delas pela ordem em que estão.

Comecei com o Escorpião. Identifico-me a 100% com este signo, não fosse eu nascido em Novembro. Com todas as características, que me assentam que nem uma luva, sejam feitios ou qualidades, elas caiem todas. Como sempre me identifiquei com astrologia e toda a simbologia que o signo tem, esta foi a minha primeira escolha. 

Apesar de não se ver bem, de seguida temos a Serpente. O meu signo chinês. Esta foi-me oferecida. Mais um signo que me encaixa na perfeição. É com algum carinho que olho para estas peças e me recordo sempre dos momentos da vida em que elas apareceram. Esta foi da loja onde trabalhava. Recordo-me que foi um prémio. Fiquei orgulhoso de mim mesmo por ter conseguido ganhar este prémio. Curioso como olhar para uma pecinha de prata traz memórias e sentimentos.

De seguida, o símbolo chinês da eternidade. Foi a minha mãe que me ofereceu. Família é eterna. Mãe e filho são eternos. Não há nada que nos possa tirar o que já é nosso. E a ironia de ter a eternidade a meus pés, também me deu um gostinho especial.

Agora a peça que neste momento me traz mais memórias e sentimentos, o nó. Esta peça foi a minha avó que me ofereceu. Sempre a encarei como uma peça que simbolizava a união que eu e a minha avó tínhamos. Éramos unidos e cúmplices. Éramos confidentes um do outro. Éramos um nó sem pontas soltas. Éramos algo forte, que juntos, ninguém derrubava. Uma pecinha de prata que me traz isto tudo. Que em traz alegrias e tristezas. Sentimentos que se instalam em mim, tal como o frio ou o calor, e percorrem o corpo todo. 

O avião lembra-se toda e qualquer viagem que eu já tenha feito ou que queira fazer. Adoro estar noutro país e conhecer cantos e esquinas, conhecer pessoas, conhecer coisas diferentes. O avião simboliza o meu aspecto de viajante. Odeio a viagem em si, mas quando chego ao meu destino, nada me para. Tenho de ver calmamente tudo o que sempre vi na televisão ou em fotografias. Tenho de provar as iguarias de que sempre ouvi falar. Tenho de tirar as fotografias icónicas que toda a gente tem.

 Por fim a vaca, que tem um simbolismo duplo. Sempre gostei de vacas a minha vida toda. Acho que são animais com um ar paciente e relaxado, cuja vida parece não ter muito mais que simplesmente relaxar no prado. Pessoalmente sempre preferi as malhadas de preto e branco. O que foi terrível quando os meus amigos descobriram. Aniversários e Natal encheram-me a casa com padrão de vaca até às orelhas. O segundo sentido que esta peça tem baseia-se no facto de, na altura que a comprei, ter sido comprada com duas colegas minhas em conjunto. Cada um de nós tinha a sua. Long story short, encaro esta peça como uma lição de moral também. Perceber que nem sempre as pessoas que estão ao nosso lado nos mostram verdadeiramente o que são.

A Pandora oferece-nos precisamente isto. Memórias em pequenas peças que andam connosco diariamente. Todos os dias sinto no meu tornozelo peso de todas as lembranças que ali estão presentes. A Pandora garante-me que essa carga emocional caminha todos os dias comigo. Pelo menos já o faz há mais ou menos quatro anos. Melhor que uma fotografia, uma peça da Pandora consegue por vezes transportar-nos ao momento exacto, sentir tudo de novo. E por aqui ficamos, pois depois deste walking down memory lane, a melancolia já se instalou sobre mim. That's a.ll

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Memórias que caminham comigo diariamente

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Um destes dias brincava com estas peças que tenho presas no meu tornozelo. Para quem não conhece ( o que eu duvido) são da Pandora. A marca dinamarquesa que faz questão que cada peça simbolize um momento especial da nossa vida.

Comprei esta pulseira quando trabalhava numa loja e rapidamente quis colocar algumas peças. Curiosamente andei durante séculos só com a primeira peça que comprei: a do meu signo ocidental, o Escorpião. Disseram-me na altura que deveria ter peças que simbolizassem algo pessoal e especial para mim. Confesso que já não me lembro qual a ordem em que elas foram compradas/oferecidas mas vou falar de cada uma delas pela ordem em que estão.

Comecei com o Escorpião. Identifico-me a 100% com este signo, não fosse eu nascido em Novembro. Com todas as características, que me assentam que nem uma luva, sejam feitios ou qualidades, elas caiem todas. Como sempre me identifiquei com astrologia e toda a simbologia que o signo tem, esta foi a minha primeira escolha. 

Apesar de não se ver bem, de seguida temos a Serpente. O meu signo chinês. Esta foi-me oferecida. Mais um signo que me encaixa na perfeição. É com algum carinho que olho para estas peças e me recordo sempre dos momentos da vida em que elas apareceram. Esta foi da loja onde trabalhava. Recordo-me que foi um prémio. Fiquei orgulhoso de mim mesmo por ter conseguido ganhar este prémio. Curioso como olhar para uma pecinha de prata traz memórias e sentimentos.

De seguida, o símbolo chinês da eternidade. Foi a minha mãe que me ofereceu. Família é eterna. Mãe e filho são eternos. Não há nada que nos possa tirar o que já é nosso. E a ironia de ter a eternidade a meus pés, também me deu um gostinho especial.

Agora a peça que neste momento me traz mais memórias e sentimentos, o nó. Esta peça foi a minha avó que me ofereceu. Sempre a encarei como uma peça que simbolizava a união que eu e a minha avó tínhamos. Éramos unidos e cúmplices. Éramos confidentes um do outro. Éramos um nó sem pontas soltas. Éramos algo forte, que juntos, ninguém derrubava. Uma pecinha de prata que me traz isto tudo. Que em traz alegrias e tristezas. Sentimentos que se instalam em mim, tal como o frio ou o calor, e percorrem o corpo todo. 

O avião lembra-se toda e qualquer viagem que eu já tenha feito ou que queira fazer. Adoro estar noutro país e conhecer cantos e esquinas, conhecer pessoas, conhecer coisas diferentes. O avião simboliza o meu aspecto de viajante. Odeio a viagem em si, mas quando chego ao meu destino, nada me para. Tenho de ver calmamente tudo o que sempre vi na televisão ou em fotografias. Tenho de provar as iguarias de que sempre ouvi falar. Tenho de tirar as fotografias icónicas que toda a gente tem.

 Por fim a vaca, que tem um simbolismo duplo. Sempre gostei de vacas a minha vida toda. Acho que são animais com um ar paciente e relaxado, cuja vida parece não ter muito mais que simplesmente relaxar no prado. Pessoalmente sempre preferi as malhadas de preto e branco. O que foi terrível quando os meus amigos descobriram. Aniversários e Natal encheram-me a casa com padrão de vaca até às orelhas. O segundo sentido que esta peça tem baseia-se no facto de, na altura que a comprei, ter sido comprada com duas colegas minhas em conjunto. Cada um de nós tinha a sua. Long story short, encaro esta peça como uma lição de moral também. Perceber que nem sempre as pessoas que estão ao nosso lado nos mostram verdadeiramente o que são.

A Pandora oferece-nos precisamente isto. Memórias em pequenas peças que andam connosco diariamente. Todos os dias sinto no meu tornozelo peso de todas as lembranças que ali estão presentes. A Pandora garante-me que essa carga emocional caminha todos os dias comigo. Pelo menos já o faz há mais ou menos quatro anos. Melhor que uma fotografia, uma peça da Pandora consegue por vezes transportar-nos ao momento exacto, sentir tudo de novo. E por aqui ficamos, pois depois deste walking down memory lane, a melancolia já se instalou sobre mim. That's a.ll

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