terça-feira, 25 de fevereiro de 2014 |

Acredito...ou nem por isso...

Pois que nestes horários maravilhosos que tenho agora tenho visto um lado que desconhecia do ser humano. O que realmente me chamou a atenção foi mesmo a senhora da fotografia. 
Todos os dias, de segunda a sexta, a senhora senta-se no se banco do comboio, (sim porque à hora que nos metemos aqui praticamente cada um tem direito ao seu banco diariamente) e a primeira coisa que ela faz é tirar a imagem do santo e ler atentamente o que está escrito nas costas.
Logo pergunto: o que é a fé? O que é acreditar em algo que não vemos? Ter esperança que há algo que nos proteje, que nos segue diariamente, que nos faz acreditar? 
Tenho uma visão muito pessoal sobre esta situação, mas não deixo de respeitar e achar extremamente interessante perceber o que move as pessoas em termos da fé, do acreditar. 
Passamos de religiões politeistas, das quais ainda existem algumas, para uma monoteista. Entretanto esta mesma tem as suas mais diversas ramificações. Os japoneses por exemplo acreditam no poder da ancestralidade, os indianos numa multitude de deuses que os protejem (ou não, se pensarmos em Kali). 
O que não deixa de ser curioso é que em todas elas há alguns denominadores comuns: há sempre uma distinção entre bem e mal, há sempre lições de vida a tirar das milhentas histórias contadas, e há sempre algo em que acreditar. 
Mais uma vez pergunto: o que nos leva a acreditar? Padrões da sociedade? Identificação com as histórias contadas? 
Se formos a ver cada uma tem a sua visão particular sobre algo tão simples que é o que vemos. Mas será assim tão simples? Desde actos terroristas em nome da fé que remontam aos tempos das cruzadas e viajaram aos tempos de hoje que nos mostram que de simples, se calhar, não tem assim tanto. 
A fé é algo pessoal, que não deve ser imposta. Cada um tem as suas razões. E acho que ao mesmo tempo deviamos praticar a religião do respeito. Podemos ser diferentes em termos de crenças mas no fundo somos todos seres humanos. 
Eu acredito. Acredito em mim, nas minhas escolhas. Acredito no caminho que sigo diariamente com o objectivo de me tornar uma pessoa melhor. Acredito que tenho algo ou alguém que olha por mim. Que me deixa bater com a cabeça na parede de modo a aprender com os meus erros. Acredito em mim e nas pessoas. Tendo em conta como o mundo está hoje, acho que tenho pouca fé. 



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Acredito...ou nem por isso...

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Pois que nestes horários maravilhosos que tenho agora tenho visto um lado que desconhecia do ser humano. O que realmente me chamou a atenção foi mesmo a senhora da fotografia. 
Todos os dias, de segunda a sexta, a senhora senta-se no se banco do comboio, (sim porque à hora que nos metemos aqui praticamente cada um tem direito ao seu banco diariamente) e a primeira coisa que ela faz é tirar a imagem do santo e ler atentamente o que está escrito nas costas.
Logo pergunto: o que é a fé? O que é acreditar em algo que não vemos? Ter esperança que há algo que nos proteje, que nos segue diariamente, que nos faz acreditar? 
Tenho uma visão muito pessoal sobre esta situação, mas não deixo de respeitar e achar extremamente interessante perceber o que move as pessoas em termos da fé, do acreditar. 
Passamos de religiões politeistas, das quais ainda existem algumas, para uma monoteista. Entretanto esta mesma tem as suas mais diversas ramificações. Os japoneses por exemplo acreditam no poder da ancestralidade, os indianos numa multitude de deuses que os protejem (ou não, se pensarmos em Kali). 
O que não deixa de ser curioso é que em todas elas há alguns denominadores comuns: há sempre uma distinção entre bem e mal, há sempre lições de vida a tirar das milhentas histórias contadas, e há sempre algo em que acreditar. 
Mais uma vez pergunto: o que nos leva a acreditar? Padrões da sociedade? Identificação com as histórias contadas? 
Se formos a ver cada uma tem a sua visão particular sobre algo tão simples que é o que vemos. Mas será assim tão simples? Desde actos terroristas em nome da fé que remontam aos tempos das cruzadas e viajaram aos tempos de hoje que nos mostram que de simples, se calhar, não tem assim tanto. 
A fé é algo pessoal, que não deve ser imposta. Cada um tem as suas razões. E acho que ao mesmo tempo deviamos praticar a religião do respeito. Podemos ser diferentes em termos de crenças mas no fundo somos todos seres humanos. 
Eu acredito. Acredito em mim, nas minhas escolhas. Acredito no caminho que sigo diariamente com o objectivo de me tornar uma pessoa melhor. Acredito que tenho algo ou alguém que olha por mim. Que me deixa bater com a cabeça na parede de modo a aprender com os meus erros. Acredito em mim e nas pessoas. Tendo em conta como o mundo está hoje, acho que tenho pouca fé. 



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